A osteoporose frequentemente causa fraturas bastante dolorosas, que podem levar meses para sarar. Em muitos casos, a dor vai embora quando a fratura se cura. A maioria das fraturas vai embora em cerca de três meses. A dor que continua depois é considerada uma dor crônica. Uma das causas pode se a fratura na espinha. Quando uma vértebra se quebra, algumas pessoas não têm nenhuma dor, enquanto outras experimentam dor intensa e espasmos musculares que doem mesmo depois de curados. A dor é uma resposta do corpo a algum machucado. A dor crônica interfere na vida normal. Ela pode ser causada como uma resposta à tensão muscular, rigidez, fraqueza ou espasmos. Qualquer que seja a causa, sentimentos de frustração, raiva e medo podem tornar a dor mais intensa. As dicas a seguir podem ajudá-lo a lidar com a dor.

Quente e frio: o calor, na forma de banhos ou bolsas térmicas, pode aliviar a dor crônica ou a rigidez muscular. O gelo pode ajudar os nervos da área afetada e inflamações. Dependendo daquilo que você se sentir melhor, aplique por 15 ou 20 minutos toda vez que sentir dor. Para proteger sua pele, coloque por baixo uma toalha.

Estimulação elétrica: existe uma máquina que envia impulsos elétricos para o corpo para bloquear os sinais de dor. Apesar de bastante fracos, esses impulsos elétricos são capazes de evitar que a mensagem de dor chegue ao cérebro. O alívio pode durar horas. Mas isso só pode ser usados com a supervisão de um fisioterapeuta.

Braçadeiras e apoios: apoios para a coluna ou braçadeiras podem reduzir a dor e a inflamação ao restringir o movimento. Mas o uso contínuo pode enfraquecer a musculatura.

Exercícios e fisioterapia: inatividade prolongada enfraquece e causa perda de massa muscular e força. Exercícios podem fazê-lo recuperar a força, a energia e um visual legal. Além disso, as atividades físicas elevam o nível de endorfina, uma substância produzida no cérebro que tira a dor. Também aliviam a tensão, aumentam a flexibilidade, fortalecem o músculo e reduzem a fadiga.
Massagens e acupuntura são outros métodos que podem ajudar no alívio da dor.

Relaxamento: o relaxamento envolve concentração e uma respiração lenta e profunda para aliviar a tensão dos músculos e a dor. Aprender a relaxar leva tempo e prática. Mas ajuda você a manter o foco longe da dor e alivia a tensão de todos os músculos.

Terapia: a psicoterapia pode ser útil para aquelas dores que não respondem a métodos físicos. Pessoas que sofrem de dor crônica em geral também têm stress emocional e depressão. A terapia pode ajudá-lo a lidar com esses sentimentos, tornando mais fácil lidar com a dor.

Medicamentos
A medicação é o jeito mais popular de lidar com a dor. Porém, muitos deles podem causar dor de estômago e sangramento. Drogas narcóticas podem ser usadas só por um curto período, já que viciam e atrapalham o raciocínio. Também causam constipação. Muitas pessoas que não respondem a outras formas de tratamento precisam tomar antidepressivos. Essas drogas trabalham de uma forma diferente quando usadas para aliviar a dor. A supressão da dor depende da concentração de várias substâncias químicas no cérebro. Essa concentração pode aumentar com o uso de antidepressivos.

Desgaste
Os ossos são a moldura do corpo. Trata-se de um tecido vivo, que muda constantemente, com pedaços do osso velho sendo trocados por novos. Durante a infância e a adolescência, muito mais osso é criado do que retirado do corpo. Mais de 90% do pico de massa óssea é adquirido até os 18 anos nas garotas e até os 20 nos meninos. Esse é o melhor período para investir no seu osso. A quantidade de tecido ósseo no esqueleto, conhecido como massa óssea, pode continuar crescendo até os 30 anos. Nesse ponto, os ossos atingem o máximo da força e da densidade. Nas mulheres, há pouca variação na massa óssea entre os 30 anos e a menopausa. Mas, nos primeiros anos depois da menopausa, as mulheres experimentam um rápido declínio, o que pode levar à osteoporose.

Fatores que afetam o pico de massa óssea

O pico de massa óssea é influenciado por uma variedade de fatores genéticos e do ambiente. Acredita-se que até 75% da perda óssea seja causada pela genética, enquanto pontos como dieta e exercícios sejam responsáveis pelos restantes 25%.


Gênero: o pico de massa óssea tende a ser mais alto em homens do que em mulheres. Antes da puberdade, meninos e meninas adquirem massa óssea da mesma forma. Depois, entretanto, homens tendem a adquirir mais massa do que as mulheres.


Raça: por razões ainda desconhecidas, mulheres negras tendem a ter um pico de massa óssea maior do que as brancas. Essa diferença é vista na infância e na adolescência.


Fatores hormonais: o estrogênio tem um efeito no pico de massa óssea. Por exemplo, aquelas mulheres que menstruam cedo ou tomam pílulas anticoncepcionais (que contém estrogênio) possuem uma densidade óssea mais alta. Por outro, mulheres cuja menstruação pára por baixo peso ou excesso de exercícios, por exemplo, podem perder quantidades significativas de densidade óssea, que pode não ser recuperado depois.


Nutrição: o cálcio é um nutriente essencial para a saúde óssea. Sua deficiência em pessoas jovens pode contar por 5% ou 10% da diferença de massa óssea e aumentar o risco de fratura nos quadris mais tarde.


Atividade física: meninas, meninos e jovens adultos que se exercitam regularmente geralmente alcançam um pico de massa óssea maior do que aqueles sem atividades.


Estilo de vida: fumar foi relacionado à baixa densidade óssea em adolescentes e é associado a outros hábitos nocivos, como vida sedentária e alcoolismo. O mesmo acontece com o álcool.

O que é densitometria?Um exame de densidade óssea, a densitometria, geralmente vai mostrar a força do osso e sua habilidade de suportar peso. É o melhor exame para detectar a osteoporose. Detecta perdas mínimas. Ao medir a densidade óssea, é possível prever o risco de fratura da mesma forma que um exame de pressão aponta o risco de infarto. É importante lembrar que o exame não pode dar a certeza de que haverá ou não fratura. Pode apenas prever o risco por meio de uma medida chamada DMO (densidade mineral óssea).

Como é dado o diagnóstico?Normal: Um valor padrão de DMO é 1. Um exame que mostre uma pontuação de até -1 é considerado normal.
Massa óssea baixa (termo médico para osteopenia): Um valor entre -1 e -2,5 significa um risco mais elevado de fratura, mas não quer dizer que a pessoa esteja com osteoporose.
Osteoporose: Valores menores 2,5 significam um risco maior de fratura do que na osteopenia. É a osteoporose.

Como é feito?Ele é feito da mesma forma de um exame de raio-X. É indolor e rápido, durando cerca de 10 minutos.

Quais são os tratamentos?Como a osteoporose é uma doença de difícil reversão, a prevenção é a chave. Por isso, a ingestão de cálcio, de vitamina D, a exposição ao sol e os exercícios regulares são essenciais para fortalecer seus ossos e livrar você das fraturas.

Exercícios
Uma mudança no seu estilo de vida também deveria ser incorporada ao seu tratamento. Exercícios regulares podem reduzir a probabilidade de fraturas que a osteoporose traz.
Estudos mostram que os exercícios que requerem que o músculo puxe os ossos levam os ossos a reter e até ganhar densidade
Pesquisadores mostraram que mulheres que andam cerca de 1,5 km por dia têm uma preservação óssea de 4 a 7 anos maior do que aquelas que não andam
Alguns exercícios de suporte de peso são recomendados, como bicicletas ergométricas e andar
Antes de iniciar qualquer programa de exercícios, converse com seu médico

Medicação
O médico também pode indicar alguns remédios, como:
Biofosfonatos: desaceleram a perda óssea, melhoram a densidade do osso e evitam fraturas. Para uma boa absorção, requerem que a pessoa esteja em jejum e fique de pé por pelo menos meia hora depois de tomá-los. Um efeito colateral pode ser a perda óssea na mandíbula, mas o risco é baixo. Converse com seu médico sobre isso
Calciotonina: um hormônio natural que ajuda a regular os níveis de cálcio no seu corpo, construindo o osso. Tem efeitos sobre a dor
Forteo: um hormônio sintético injetável que estimula o crescimento do osso e reduz o risco de fraturas na espinha em casos mais graves
Cloridrato de raloxifeno: uma droga parecida com o estrogênio que desacelera a perda óssea e ajuda a fortalecer os ossos

A terapia hormonal - ou estrogênio ou estrogênio mais progesterona - costumava ser um meio de prevenção e tratamento da osteoporose. Mas estudos recentes mostraram que ela pode aumentar o risco de câncer de mama e doenças do coração nas mulheres. Por isso não tem sido recomendada para preservar os osso e evitar fraturas. Além disso, logo após o tratamento, o osso começa novamente a afinar.

Como o médico escolhe a medicaçãoPara escolher o remédio que você vai tomar, o médico vai levar em consideração todo o histórico médico do paciente e o grau de gravidade da osteoporose. Se uma mulher na pós.menopausa tem alguns sintomas como ondas de calor e secura vaginal, a terapia hormonal pode ser o melhor tratamento tanto para prevenir a osteoporose quanto para aliviar esses sintomas. Depois que essas características da menopausa forem embora, alguns remédios sem estrogênio podem ser medicados.
Caso apenas a osteoporose esteja em questão, então os biofosfonados podem ser mais eficientes para prevenir as fraturas. Além disso, possuem menos efeitos colaterais. Até o momento, essa tem sido a melhor droga para o tratamento da osteoporose pós-menopausa. Os biofofonados são não são indicados às vezes para quem tem problemas gastro-intestinais. Calciotonina é mais indicado para quem não pode tomar outros tipos de remédios. Ele é mais fraco. Mas em pacientes com osteoporoses mais acentuadas é aconselhável usar medicamentos mais potentes.

Como monitorar a osteoporose -- a controvérsia
Muitas associações médicas repudiam a repetição de exames de densitometria para monitorar a osteoporose. Isso porque, muitas vezes, os médicos não sabem como usar essas imagens durante o tratamento. Os motivos são:

1. A densidade óssea muda muito vagarosamente com o tratamento. As mudanças são tão pequenas que chegam a ser inferiores que o erro da própria máquina. Ou seja, o exame não pode detectar mudanças.
2. A verdadeira razão do tratamento da osteoporose é evitar a chance de fraturas futuras. E isso muitas vezes não pode ser explicado pela densidade óssea, que em geral é menor do que a redução na possibilidade de fraturas.
3. Caso os exames mostrem que os ossos continuem a se deteriorar, não há pesquisas que apontem que uma mudança na medicação reduzirá o risco de fratura.
4. Talvez se o paciente não estivesse tomando a medicação, sua perda óssea seria ainda maior
5. Pesquisas recentes mostram que as mulheres que perdem densidade óssea depois do primeiro ano de terapia hormonal acabam ganhando nos próximos dois anos e vice-versa. Portanto, a densidade óssea flutua durante o tratamento e medi-la pode não ser relevante

Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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