Para iniciarmos a discussão deste assunto, precisamos ter em mente o conceito e diferença entre a Atividade Física e Exercício Físico. De acordo com Carpensen ( apud Power e Howley, 2000), Atividade Física é qualquer forma de atividade muscular, portanto, resulta no gasto de energia proporcional ao trabalho muscular e está relacionada ao condicionamento físico e o Exercício físico representa um subgrupo da Atividade Física planejada com objetivo de melhorar ou manter o condicionamento.

O Exercício é a atividade realizada com o objetivo de melhorar, manter ou expressar qualquer tipo de aptidão física, sendo a aptidão física um estado de funcionamento corporal caracterizado pela capacidade de tolerar o estresse do exercício (ROBERGS E ROBERTS, 2002).

Desta forma, entendendo os exercícios físicos como um conjunto de atividades físicas planejadas, controladas e com um fim específico, observamos que os mesmos vêm sendo alvo de inúmeras pesquisas na área da saúde, como meio de prevenção e controle de algumas patologias, dentre elas, a osteoporose.

O exercício físico é apontado por inúmeros estudos como sendo recurso importante no ganho e manutenção da massa óssea (ERICKSON, SEVIER, 1997; KATZ, SHERMAN, 1998; LIMA, FONTANA, 2000; CHRISTMAS, 2000; BLOOMFIELD, 2002;; ZAZULA E PEREIRA, 2003; LIMA, 2004; AGUIAR, 2004;). Embora os efeitos da prática de exercícios sobre o sistema esquelético ainda não estejam totalmente esclarecidos, os dados derivados da maioria dos estudos transversais sugerem significativa correlação entre a DMO e a taxa de atividade física (GERALDES, 2003).

De acordo com as conclusões de Zazula e Pereira (2003), entre os benefícios do exercício físico para prevenção e/ou como parte do tratamento da osteopenia e osteoporose, destacam-se: aumento da densidade óssea; hipertrofia das trabéculas; aumento da atividade dos osteoblastos; aumento da densidade do colágeno; incremento de incorporação de cálcio no osso. Segundo Katz e Shermam (1998) para pessoas que têm osteoporose, exercícios são uma parte essencial no tratamento.

Os exercícios são cada vez mais lembrados como um meio de reduzir o risco de fraturas osteoporóticas e administrar a osteoporose mesmo na velhice. Porém, segundo Bassey (2001) a escolha certa deve ser feita, pois nem todas as formas de exercícios são apropriadas; na verdade, algumas atividades físicas aumentariam o risco de fraturas.

Uma das maneiras de evitar a osteoporose é aumentando a massa óssea na infância e na adolescência (CONSENSO BRASILEIRO DE OSTEOPOROSE, 2002). Segundo Silva et. al. (2004) o que se pode afirmar com ampla fundamentação é que as atividades esportivas adequadamente programadas e supervisionadas potencializam a densidade mineral óssea, particularmente durante a adolescência. Segundo Nieman (1999) o exercício rigoroso durante a infância e adolescência provavelmente é mais importante do que em qualquer outra época da vida. Acrescentamos ainda a necessidade do acompanhamento profissional à prática segura de exercícios por crianças e adolescentes.

A atividade física intensa, principalmente quando envolve impacto, favorece um aumento da massa óssea também na adolescência e poderá reduzir o risco de aparecimento de osteoporose em idades mais avançadas, principalmente em mulheres pós-menopausa (SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE, 1998)

A necessidade e importância do exercício nesta condição patológica são conhecidas pelos profissionais da saúde, como já citado anteriormente. Porém, muito se discute a cerca do tipo de exercício mais indicado para o aumento de massa óssea.

Fonte

Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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