Osteoporose é problema também para homem
A união entre fatores hereditários, hábitos pouco saudáveis e o inevitável envelhecimento podem trazer consequências, muitas vezes, irreversíveis. É o caso da osteoporose, que muitos acreditam ser tipicamente feminina. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das mulheres com mais de 50 anos são atingidas.
Apesar de ser em menor porcentagem, o sexo masculino não está livre da doença: 10% dos homens, na faixa dos 50 anos, também desenvolve o problema. Certamente os números são maiores, pois a osteoporose no homem é subdiagnosticada.
Embora tenha ossos mais fortes e largos, a combinação entre a perda natural de elementos minerais, baixa produção de hormônios masculinos (testosterona), histórico familiar e os maus hábitos de vida também afeta o sexo masculino, à medida que o volume da massa óssea é reduzido. Com essas características, os ossos tornam-se mais finos e de extrema sensibilidade, com prejuízo de sua arquitetura. Dependendo do impacto, ficam mais sujeitos às fraturas.
A osteoporose no sexo masculino pode ser mais agressiva e perigosa do que no feminino, pois o pico de massa óssea (reserva de osso) ocorre entre 18 e 40 anos – mais tarde que na mulher, quando o pico fica entre 14 e 30 anos. Segundo o dr. Goldenberg, essa reserva tardia faz com que, depois dos 40 anos, o homem perca, a cada quatro anos, cerca de 10% do osso cortical, a camada mais externa e mais resistente, portanto a proteção.
Tipos de osteoporose
Osteoporose idiopática: atinge homens dos 20 aos 80 anos, com maior incidência depois dos 70 anos. Não há causa identificada para esse tipo da doença.
Osteoporose secundária: responsável por cerca de 30% a 60% das fraturas da coluna vertebral. Atinge homens de qualquer idade. Nesse caso, existem fatores de risco associados à perda e à modificação dos ossos.
Fatores de risco
Além do envelhecimento e do desgaste natural dos ossos, outros motivos podem ajudar a acelerar a doença, que atinge homens em qualquer idade. São dois tipos de fatores de risco:
Fixos
Idade
Constituição corpórea
Raça/etnia
Histórico familiar
Sexo
Modificáveis
Alcoolismo
Tabagismo crônico
Redução da taxa do hormônio masculino (testosterona)no organismo
Doenças reumáticas (artrite, por exemplo)
Transplante de órgão
Sedentarismo
Hipertireoidismo
Hiperparatireoidismo
Cirrose hepática
Doenças inflamatórias intestinais
Diabetes
Imobilização prolongada
Uso excessivo de medicamentos (como anticonvulsivantes, heparina, cortisona, hormônios tiroideanos, entre outros)
Prevenir é possível
A osteoporose deve ser prevenida. Os fatores de risco permanentes não podem ser evitados; entretanto, alguns cuidados ajudam a retardar o desenvolvimento da osteoporose, em razão dos fatores modificáveis.
Um ótimo caminho é começar pela alimentação balanceada, ingerir principalmente cálcio e vitamina D ou um banho de sol, pois ajudam a fortalecer e retardar a perda de massa óssea.
As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas
Outras formas de prevenção consistem em suspender o tabagismo, consumir moderadamente bebidas alcoólicas, café, chá e tomar medicamentos apenas com indicação médica. O mais importante é praticar exercícios físicos regularmente. As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas.
Essa doença demonstra poucos sintomas. Se não forem feitos exames preventivos para o seu diagnóstico, pode passar despercebida. Quando ocorrem fraturas ou microfraturas, a pessoa sente dores agudas no local; assim, é possível desconfiar que o caso possa ser de osteoporose. Outra forma de identificar a doença é quando a pessoa começa a ficar corcunda e perde altura progressivamente.
É possível descobrir a doença por meio da avaliação dos fatores de risco e de alguns exames, como o de densitometria óssea, que mede a massa óssea do possível portador. Com o resultado faz-se um pré-diagnóstico do grau de risco de fratura do paciente.
O tratamento é individualizado, dependendo de cada caso e deve sempre ser supervisionado por um especialista. É possível prevenir e tratar a osteoporose, inibindo a perda de massa óssea ou estimulando sua formação, mas isso deve ser discutido apenas com o médico.
Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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