Estudo feito pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) indica que uma em cada três brasileiras vai desenvolver osteoporose, doença que enfraquece os ossos, após a menopausa. O detalhe é que 90% delas não consomem a quantidade ideal de cálcio, presente principalmente no leite e em seus derivados.


Segundo a Abrasso, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com o problema. Mesmo com esse número, apenas 39% da população feminina com mais de 45 anos já fizeram algum teste para detectar a doença que atinge majoritariamente as mulheres – a proporção é de dez para cada homem.

A prevenção, segundo a entidade, deveria começar na infância, por meio de alimentação adequada e, claro, ser rica em cálcio. A gravidade do quadro é que, por ser uma doença silenciosa, que não causa dor, muitas vezes só é descoberta após a primeira fratura.

A International Osteoporosis Foundation (IOF) calcula que o número de fraturas no quadril, em decorrência do problema, deve crescer 32% até 2050 no Brasil. O dado se baseia no envelhecimento da população: o número de indivíduos com mais de 70 anos aumentará 380% até 2050, representando 14% do total.

As fraturas são o maior risco, especialmente as de quadril – sabe-se que 20% das mulheres que apresentam esse tipo de fratura morrem até um ano depois da queda em decorrência de complicações.

Com a idade, é esperado que haja perda óssea: se ela é normal, será de 0,5% por ano a partir dos 45 anos. Uma perda equivalente a 25% do esqueleto, no entanto, leva à grande possibilidade de fratura – e, quando atinge esse ponto, está instalada a osteoporose.

Segundo o IOF, o fator genético é responsável por 80% da formação óssea de um indivíduo: o restante dependerá dos hábitos (aquisição de cálcio e da prática de atividades físicas) de cada um. A exposição ao sol – cerca de 15 minutos, três vezes por semana – também é fundamental para alavancar a absorção do mineral. A ingestão de 800 a 1.200 mg de cálcio por dia é o mais adequado.

TENDÊNCIA. Entre causas e fatores de risco, destacam-se história familiar da doença; pessoas de pele branca, baixas e magras; asiáticos; deficiência na produção de hormônios; medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; baixa exposição à luz solar; sedentarismo; tabagismo; consumo de álcool; certos tipos de câncer e algumas doenças reumatológicas, endócrinas e do sistema hepático.

"O perigo maior é porque estamos falando de uma moléstia de instalação silenciosa", adverte Denise Ludovico, endocrinologista pediatra da ADJ Diabetes Brasil, pesquisadora clínica do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin), em São Paulo. "A dor, que seria o único sintoma, somente ocorre quando acontece a fratura", salienta Felipe Henning Gaia Duarte, doutor em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Detalhes

Perda. Quando uma pessoa tem osteoporose, a fratura ocorre porque o osso está poroso, já que perdeu massa progressivamente. Na menopausa, quando a perda de massa óssea ocorre de maneira intensa e rápida por causa das alterações hormonais, o problema é agravado.

Tratamento. Embora a osteoporose não tenha cura, ela pode ser tratada. O importante é fazer acompanhamento com médicos especializados que poderão indicar medicamentos para estabilizar ou melhorar a alteração, reduzindo o risco de fraturas.

DO IG SAÚDE


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